Não jogue dinheiro no lixo: qual combustível usar no seu carro?
Embora o faça com frequência, motorista fica perdido ao abastecer, pela falta de informações sobre combustíveis
Embora o faça com frequência, motorista fica perdido ao abastecer, pela falta de informações sobre combustíveis
Quando você encosta no posto para abastecer, existem diversas opções nas bombas. De gasolina, tem a comum, a aditivada e a premium (BR Podium, Ipiranga Octapro e Shell V-Power Racing. Se o carro é flex, etanol comum e aditivado. Ou gás (GNV). Qual a mais adequada para seu carro? O que vale a pena pagar e o que é jogar dinheiro no lixo?
Todos os carros nacionais podem se abastecer com qualquer tipo de gasolina ou etanol disponível nos postos. No combustível derivado do petróleo, recomenda-se usar a aditivada. Ou a comum, acrescentando-se o frasco de aditivo de acordo com as instruções do fabricante.
Ao contrário da gasolina, o etanol não precisa ser aditivado, pois seu teor de carbono é muito baixo (apenas 1/3 da gasolina) e não há perigo de se formarem depósitos carboníferos no interior do motor, prejudicando a combustão e eficiência. Algumas empresas de petróleo oferecem o etanol aditivado com outros propósitos, de lubrificação, durabilidade, etc.
É impossível separar o joio do trigo no caso da gasolina aditivada pois ela não é controlada e nem fiscalizada pela ANP. Não existe um padrão, apenas que os aditivos devem ser detergentes/dispersantes para evitar a formação de depósitos carboníferos no motor.
As empresas de petróleo apenas registram a fórmula na ANP. As montadora não têm, portanto, condições de avaliar as diversas gasolinas aditivadas no mercado e preferem recomendar a comum para seus carros. A ANP tentou, há quatro anos, tornar compulsória uma aditivação mínima em toda nossa gasolina, mas não obteve êxito.
Depende do preço de ambos em cada cidade: se o etanol custar menos que 70% da gasolina vale a pena usá-lo. O custo menor do litro compensa o maior consumo.
É importante observar que este percentual varia de 70% até 75%, pois depende da diferença de consumo entre etanol e gasolina que cada motorista deve apurar em seu carro.
O valor de 70% anunciado – e amplamente divulgado – quando surgiu o flex, é aproximado e nem sempre reflete a verdade pois não considera a evolução de motores e combustíveis.
Carros produzidos em outros países podem ser abastecidos com qualquer gasolina disponível no Brasil sem nenhum problema. Se for um carro normal, sem elevado desempenho, de qualquer procedência, a gasolina aditivada é suficiente.
Para esportivos com motor de compressão mais elevada, como Porsche, Ferrari, Mercedes AMG, BMW “M”, Audi RS, etc, recomenda-se a gasolina premium para máximo rendimento.
No passado, o baixo teor de octanagem da nossa gasolina obrigava fabricantes a preparar (“tropicalizar”) os motores dos carros exportados para o Brasil, pois corriam risco de tê-los danificados. Hoje, com elevada octanagem, mesmo a comum (ou aditivada) não compromete o motor: apenas reduz seu desempenho, pois a central eletrônica se ajusta para compensar a menor octanagem.
Abastecer qualquer carro nacional com gasolina do tipo premium é desperdício, pois paga-se pela maior octanagem sem nenhuma vantagem em desempenho. Mais octanas só valem a pena nos motores com elevada taxa de compressão. Mas, mal não fazem (só para o bolso…).
Mesma coisa com o etanol: não é importante que seja aditivado, como no caso da gasolina.
Nenhum outro aditivo do tipo booster, para gasolina ou etanol, que anuncia aumentar eficiência e desempenho, reduzir consumo e emissões, cumpre o que promete, seja nos nacionais ou importados.
O custo por km do carro que roda com gás natural é bem inferior ao dos outros combustíveis. Entretanto, o investimento para instalar o “kit gás” é elevado, de R$ 5.000 a R$ 6.000. Ou seja, o retorno só vem para quem roda cerca de 150 a 200 km por dia, ou 5.000 km mensais. A rigor, o GNV só vale a pena para táxis ou carros de aplicativos.
Mais ou menos a mesma conta se deve fazer ao comprar um picape diesel, a partir do raciocínio de que o litro custa menos que a gasolina: o que se investe adicionalmente (o motor a diesel tem custo muito maior) só se paga depois de muitos anos de uso, caso não se rode muito.
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Etanol precisa sim ser aditivado, combater a corrosão e outros malefícios (combustível de baixa lubricidade).
Acompanho vários canais de mecânica, nenhum recomenda etanol. É incrível o tanto de bico, bomba e escape que não aguentam o. Combustível.
A longo prazo o prejuízo é certo.
… lembrando que nós tivemos um PROALCOOL que deu certo…
À sério sobre o álcool, SEM ‘LAVAR VERDURAS’…
– PROÁLCOOL – Programa Brasileiro de Álcool –
O PROÁLCOOL foi um programa bem-sucedido de substituição em larga escala dos derivados de petróleo, criado em 14 de novembro de 1975 pelo decreto n° 76.593, com o objetivo de estimular a produção do álcool, visando o atendimento das necessidades do mercado interno e externo .
A decisão de produzir etanol a partir de cana-de-açúcar, além do preço do açúcar, é política e econômica, envolvendo politicagem dos corruptos que nos governam, INFELIZMENTE!
Com o advento (a lavada – para quem vai lavar verduras com etanol) dos esquerdistas, o PROÁLCOOL foi simplesmente SUCATEADO: digo de CÁTEDRA, pois, inclusive os ÔNIBUS VERMELHOS DO CTA (hoje DCTA), onde eu trabalhava, SIMPLESMENTE DESAPARECERAM!
Volto a frisar, VEÍCULOS ELÉTRICOS SÃO PRODUTOS (imaginação) DE MARKETING, NUNCA DE ENGENHARIA.
Não há como PRODUZIR energia elétrica suficiente para uma frota de 51% de veículos elétricos, A NÃO SER QUEIMANDO MUITO CARVÃO.
Sem esquecer-mo-nos, NOS TODOS, QUE QUEIMAR CARVÃO POLUI 96% MAIS, SENDO RESPONSÁVEL POR METADE DA POLUIÇÃO DO NOSSO ÚNICO PLANETA TERRA.
De onde vem a outra METADE?
VÊM DE ADUBOS ORGÂNICOS, DAS FEZES DO GADO, DO PERMAFROST DILUINDO…
Advirto que a solução momentânea é POLUIR MENOS, UTILIZANDO ETANOL.
Rodrigo MARTINIANO.
ALEX: quanta babaquice, hem!
alexandra; CRIA JUÍZO bicha louca!
COM TOTAL RESPEITO, OF COURSE!
O ácido acético do vinagre (ou ÁCIDO ETANOICO) é um solvente eficaz, largamente empregado em laboratórios, solúvel em água e em álcool (etanol), por exemplo. Solventes são líquidos capazes de dissolver substâncias. Uma vez soluto em etanol (JÁ QUE O ÁCIDO ACÉTICO É SOLÚVEL EM ETANOL), ele atua na dissolução de parte da FLEGMA, hoje mínima, mas ainda assim presente no etanol.
Boa noite Boris. Tenho uma dúvida. É que tenho observado na gasolina ( Etanol, gas. comum e aditivada) que em alguns carros novos, um veículo na marcha lenta, numa subida, alguns carros fazem certos barulho, como se fosse um chocalho, no silencioso ou perto catalizador, poderia ser a qualidade de gasolina ou defeito na parte mecânica do silencioso na saída no motor até o cano de descarga?
Muito interessante a matéria mata ainda gosto de abastecer com etanol pois além do cálculo básico dos 70% de diferença de preço penso também em 27%de etanol que já vem misturada a gasolina onde, pela lógica a cada 4 tanques de gasolina 1 será de etanol.
Nossos carros brasileiros são FLEX, sem dúvida alguma, e nosso álcool (ou etanol) evoluiu muito desde o Dodginho do CTA.
Contudo, por maior que tenha sido a evolução do álcool, ele sempre conterá resíduos da moagem de cana-de-açúcar, a FLEGMA, produto cheio de impurezas resultante colateral da destilação do fermentado de cana-de-açúcar e de outros vegetais, produto colateral altamente higroscópico, ou seja, capaz de absorver água.
Notem que o álcool combustível (ou etanol) é hidratado, possui cerca de 4% de água na sua composição química.
Quando um carro FLEX é abastecido simultaneamente com etanol e gasolina, a gasolina – mais leve que a água – fica por cima do tanque, o etanol no meio, a água por baixo, a gasolina forçando a separação devido ao seu elevado poder solvente.
Então, ao se ligar o carro FLEX, parado uma semana, ele não pega, pois água não queima.
E somente com etanol, o que acontece?
Acontece que o etanol absorve a água, pois tem água, dissolve a flegma, por combinar com ela (conforme na sua fabricação), diferentemente da gasolina (que, se misturada à FLEGMA gera uma espécie de material plástico gelatinoso / lembrar que no balançar do carro alguma gasolina atinge a FLEGMA), o filtro da bomba-de-combustível se encarrega do restante desde que haja condições, i.e., apenas etanol ou apenas gasolina.
Daí, só com etanol o carro pega.
Claro, só com gasolina idem.
Nossos carros são FLEX sim, mas procure não misturar os combustíveis, sobretudo se o seu carro ficar parado.
Ah! Com etanol não afogue o carro nunca!
Engº MSc Rodrigo MARTINIANO.
Mais didático, impossível. Muito obrigado por esses esclarecimentos.
Cara, não sei se é fake news, mas talvez vc tenha matado a charada do problema que deu no meu civic há algum tempo. Desde que comprei o carro há quase 2 anos, sempre abasteci com gasolina aditivada, porém certo dia tive a brilhante ideia de completar o tanque com etanol (O tanque já tinha cerca de 60% do seu volume abastecido com gas. aditivada) pra ver como ficava a economia e principalmente se dava uns cavalinhos a mais de potência. Abasteci no meio da semana e no fim de semana deixei o carro pra um profissional polir e cristalizar, ficou 2 dias parado. Quando fui buscar ele pegou normal, mas na manhã seguinte quando tentava ligar o carro não pegava. Levei em mecânico, troquei mangueira e nada, de forma aleatória dava esse problema (As vezes pegava normal e as vezes o carro não tinha força pra dar a partida). O problema só foi resolvido quando eu esperei o tanque baixar bem, quase perto da reserva e completei ele todo com gas. aditivada novamente. O problema sumiu.
Leandro: NÃO SE TRATA DE FAKE, PODE APOSTAR. Sei perfeitamente o que estou escrevendo; do contrário, NUNCA ESCREVERIA.
Tenho uma dúvida. Recomendam sempre a aditivada para manter o motor limpo. Ok. Mas o etanol não faz o mesmo serviço? Se colocar um tanque de etanol a cada 5 de gasolina não se obtém uma limpeza eficaz?
O melhor na limpeza do etanol é – ACREDITE – o vinagre, pois ambos (etanol e vinagre) têm a mesma origem. EVIDENTEMENTE só pode ser vinagre puro, sem orégano, sem nada: deve ser o de uso medicinal, encontrável eu qualquer farmacêutica. Meio-litro de vinagre farmacêutico por +/- 50 litros de etanol é o suficiente para purificar o etanol.
Só pode ser uma pegadinha kkkkkk
Então quando faltar vinagre aqui em casa eu posso pegar um pouco de Etanol pra lavar as verduras?