Além do Virtus Exclusive: conheça 5 sedans Volkswagen especiais

A nova versão Exclusive do Virtus o coloca em uma linhagem de sedans topos de linha bem especiais da gama Volkswagen

volkswagen virtus exclusive 2023 preto frente
O Virtus Exclusive substitui o GTS, trazendo decoração mais discreta (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 06/02/2023 às 18h03
Atualizado em 06/02/2023 às 22h15

Apesar do nome Volkswagen significar “carro do povo”, a marca tem no Brasil uma tradição de fazer sedans topo de linha bem esmerados e desejados pelo público. O novo Virtus Exclusive chegou para ser mais um representante dessa linhagem, deixando o espaçoso sedã compacto com uma pegada mais luxuosa.

Ele traz o motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm, independente do combustível, aliado ao câmbio automático de 6 marchas. Esse conjunto mecânico do Volkswagen Virtus Exclusive era usado pelo GTS, mas agora vem com uma decoração esportiva mais discreta e executiva.

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A linhagem de sedans topo de linha da Volkswagen se iniciou com o Santana nos anos 80. Ele teve sua cota de versões especiais, mas o tratamento também foi estendido a modelos menores. Separamos a seguir cinco deles:

1. Santana Executivo

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O Santana Executivo foi o primeiro sedan do Brasil com injeção eletrônica

Esse pode ser considerado como o sedan mais icônico da Volkswagen no Brasil. O Santana Executivo foi o segundo carro da marca a ter injeção eletrônica no Brasil e, assim como o Gol GTi, se diferenciava do resto da linha pelo acabamento especial.

Dentre os destaques haviam as rodas imitando BBS (que podiam ser douradas), o grande spoiler na traseira, os faróis de neblina, lanternas fumê, grade exclusiva e por dentro haviam bancos Recaro. Esse modelo só foi oferecido em pinturas de tons escuros, deixando o visual discreto.

O motor AP 2.0 com injeção eletrônica rendia 114 cv e 19,5 kgfm, assim como no Gol GTi. Ele chegou ao mercado dias antes de um sedan com proposta similar, o Chevrolet Monza 500 EF. Apesar de ambos terem travado brigas boas nas revistas, hoje em dia o Santana Executivo é o mais lembrado no imaginário popular.

2. Voyage Sport

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O Voyage Sport era para o Gol GTS o mesmo que o novo Virtus Exclusiv é para o Polo GTS

Apesar de ser um sedã do Gol, o primeiro Voyage chegou com uma imagem de carro superior ao irmão hatch. Um dos motivos era ter estreado apenas com motor refrigerado a água, o mesmo do Passat. Em 1993 o sedan compacto ganhou a versão Sport, que trazia elementos do Gol GTS.

O destaque ficava pelo motor AP-1800S, com comando de válvulas mais bravo e carburado esportivo. Ele produzia 105 cv, 9 cv a mais que o 1.8 “manso”. Uma vantagem do Voyage em relação ao resto da família era a alta rigidez torsional, o que fez dele a escolha da Volkswagen para ser usado em corridas.

Na decoração ele trazia para-choques envolventes com porção pintada na cor da carroceria, faróis de neblina, lanternas fumê, rodas imitando as famosas BBS, volante “quatro bolas”, bancos Recaro e manopla de câmbio revestida em couro.

A relação entre o Voyage Sport e o Gol GTS era similar à dinâmica atual entre Virtus Exclusive e Polo GTS: compartilham a mecânica, porém o sedan é mais discreto enquanto o hatch é mais ousado.

3. Santana Exclusiv

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O Santana Exclusiv foi a última versão topo de linha especial do sedan antes de ser reposicionado como carro de frota

A segunda geração do Santana nada mais era que uma grande reestilização da anterior. Essa decisão se mostrou pouco acertada com a chegada de concorrentes mais modernos devido a abertura das importações. Chevrolet Vectra e os japoneses envelheceram o sedan da Volkswagen rapidamente.

Para tentar dar uma injeção de ânimo na linha, a VW lançou o novo topo de linha Exclusiv em 1997. Esse modelo sobreviveu após  a reestilização feita em 1999.

Na falta de modernidade, o Santana Exclusiv tentava agradar ao cliente tradicional da marca pela familiaridade. Detalhes como os tradicionais bancos Recaro e rodas esportivas diferenciavam o modelo. O motor AP 2.0 era o mesmo do resto da linha.

Essa versão do sedan durou pouco, em 2000 ela foi aposentada com a simplificação da linha do Santana. Ele passou a focar nas vendas diretas e quem tomou o lugar de sedã executivo da marca foi o importado Bora.

4. Jetta Highline 2.0 TSI

Hoje o Jetta esportivo no Brasil é o GLI, um equivalente sedã do Golf GTI inclusive na decoração chamativa. No Jetta de sexta geração vendido no Brasil o motor 2.0 TSI, que era usado pelo GLI la fora veio na configuração Highline.

Ou seja, tivemos o desempenho da versão esportiva com a aparência discreta do Highline. Isso fez do Jetta de sexta geração um sleeper, termo que é usado para carros que não aparentam ser rápidos, mas têm bom desempenho.

Um diferencial do Jetta Highline 2.0 TSI era oferecer interior em couro bege e teto solar. O pacote de equipamentos do sedan era completa e fazia ele incomodar modelos maiores como o Ford Fusion.

O motivo de recebermos essa combinação foi o fato do Brasil receber o Jetta produzido no México com especificações europeias. Isso significa ter detalhes como as saídas de ventilação para o banco traseiro, acabamento melhorado e painel soft-touch.

Como a geração atual só existe na especificação “mais simples” voltada aos EUA, o Jetta acabou perdendo parte desse esmero e recebemos o motor mais forte com a roupagem GLI.

5. Voyage Evidence

O nome Evidence foi usado pela primeira vez em um sedan da Volkswagen com o Santana, em uma edição especial esportiva baseada no intermediário GLS. Em 2014 o nome voltou no Voyage com uma edição que tentava colocar um ar luxuoso no compacto.

O Volkswagen Voyage Evidence trazia pintura azul exclusiva, rodas de 16 polegadas e detalhes cromados. Por dentro o destaque era vir completo, incluindo o som com bluetooth e bancos em cinza claro. O único opcional era o câmbio automatizado I-Motion.

Devido ao preço alto e a imagem de carro de entrada do Voyage, a versão Evidence não foi bem recebida no mercado. Em compensação, esse sedan se tornou uma opção de usado interessante hoje pela quantidade de equipamentos e a mecânica conhecida.

Esse Voyage não é o Sport, mas é especial por um motivo: é o xodó do Boris

Fotos: Volkswagen | Divulgação

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