Subaru XV Crosstrek 2016: avaliação do crossover japonês

Modelo chama atenção nas ruas pelo visual e por baixo volume de vendas, o que o torna um carro raro de se ver

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Por Marcus Celestino
Publicado em 16/08/2016 às 17h13
Atualizado em 19/02/2020 às 14h15

A reação dos outros motoristas, e até dos pedestres, quando se deparam com o Subaru XV Crosstrek (cujo preço sugerido é de R$ 112.900) nas ruas é curiosa. Apesar do visual relativamente sóbrio, poucos têm conhecimento acerca de qual fabricante aquela insígnia disposta ao centro da grade representa.

Além disso, na traseira do Subaru XV, as duas letras que formam o nome do modelo também são alvos constantes de olhares curiosos. Fora o magnetismo, o hatch médio com carinha de utilitário aventureiro é dono de características interessantes e tem como público-alvo famílias que têm apreço por veículos confiáveis; e que não ligam para a maior desvalorização dos importados ante os nacionais.

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Derivação do Impreza, o Subaru XV tem 22 cm de altura em relação ao solo, o que, de fato, proporciona maior facilidade na hora de enfrentar as nossas fustigadas vias – ao contrário de outros modelos com a mesma proposta, que não aguentam o tranco e recebem apenas uma nova indumentária para pagar de cowboy.

O visual do Subaru, como mencionado anteriormente, não é nada descolado, mas até que a grade dianteira e as rodas de liga leve de 17’’ tentam dar uma pegada mais cool ao design; o que não acontece.

Subaru XV (Foto AutoPapo)
(Subaru/Divulgação)

Por dentro do Subaru XV

O interior do Subaru XV conta com acabamento esmerado e pedais cromados que tentam dar ao modelo um quê de esportividade, porém a sobriedade também impera no habitáculo. Não, não é uma crítica, de forma alguma. Abdicar do estilo em detrimento da substância, nesse caso, não seria interessante.

Em termos de espaço, o interior do XV acomoda cinco ocupantes sem maiores problemas. O porta-malas de capacidade de 310 litros do Subaru XV, porém, deixa um pouco a desejar – especialmente para famílias que gostam de cair na estrada.

No entanto, ponto positivo para a segurança. Além de airbag duplo dianteiro, airbag lateral na dianteira e laterais de cortina, todos os passageiros contam com cinto de três pontos e apoio de cabeça. Para facilitar a vida do condutor, fazem as vezes controles de estabilidade e tração e distribuição eletrônica de frenagem.

A Subaru se orgulha dos seus motores boxer, que otimizam equilíbrio e estabilidade graças ao menor centro de gravidade do veículo. Não à toa, é claro que o XV é equipado com um: 2.0 aspirado, que entrega 150 cv de potência a 6.200 rpm e 20 kgfm de torque a 4.200.

O Subaru XV tem transmissão automática do tipo CVT que simula seis velocidades e proporciona trocas manuais ao condutor por meio de aletas. A suspensão é independente nas quatro rodas, do tipo McPherson na dianteira e com braços sobrepostos com barra estabilizadora na traseira.

Consumo do Subaru XV

Em ambiente urbano o conjunto trabalha muito bem, se portando de maneira eficaz. Contudo, o consumo é um tanto alarmante. Nas aferições, que pode ser verificado em tela ao centro do console. Em Belo Horizonte, cidade de topografia acidentada, o Subaru XV fez 7,6 km/l.

Já em Macaé, município do interior do Rio de Janeiro de vias mais planas, o beberrão consumiu 8,0 km/l.

Na estrada o Subaru XV teve um rendimento pouco melhor em termos de consumo. Foram 11,1 km/l na BR-040, entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Tração integral

Na rodovia foi possível desfrutar de outra das principais características dos modelos da fabricante: o “Symmetrical All-Wheel Drive” (Tração Integral Simétrica, em tradução literal). Tudo é organizado em linha, fazendo com que a distribuição de peso seja perfeita, otimizando, e muito, a estabilidade do veículo.

Tal tecnologia, vale frisar, pôs a Subaru em evidência no mundo dos ralis – e também no mundo dos games (quem aí se lembra da vasta e maravilhosa lista de versões do Impreza em Gran Turismo?). Por isso, guiar o Subaru XV se assemelha muito a conduzir um carrinho de autorama, diretamente ligado a um fio que conduz seu traçado.

Mesmo pesadão, do alto de suas 1.415 toneladas, o comportamento do nipônico inspira muita confiança nas curvas. O condutor tem de, inclusive, tomar cuidado para não abusar.

O grande problema do Subaru XV na estrada, porém, é sua “preguiça”. O trem de força é incapaz de empurrar o modelo.

A potência máxima do motor só é alcançada na casa das 6.200 rpm, enquanto o torque máximo nas 4.200 rpm, e a transmissão CVT dá cabo de anestesiar o XV e também de causar uma barulheira – dada a falta de sintonia com o propulsor.

No entanto, é bom destacar que o excelente trabalho de isolamento acústico do habitáculo evita que nossos ouvidos sejam fustigados por isso.

Equipamentos do XV

O XV Crosstrek conta com uma boa gama de itens de série. Comercializado em versão única no Brasil – considerada intermediária nos Estados Unidos -, o veículo oferece ar-condicionado automático com duas zonas de temperatura, computador de bordo com função ECO, teto solar elétrico, sistema de abertura, volante com comandos para som, Bluetooth e controle de velocidade de cruzeiro, travamento das portas e partida do motor sem uso de chave e faróis de xênon com nivelador automático.

A nível de segurança, o veículo conta com, além dos itens já citados no início do texto, assistência de partida em aclives e fixação para cadeirinha Isofix.

O Subaru XV vale a pena?

O XV não é apenas mais um urbano travestido de aventureiro e é capaz de encarar desafios moderados.

Apesar do desempenho mediano em estradas e porta-malas aquém do necessário para quem gosta de viajar bastante, o crossover é dotado do clássico e confiável acerto mecânico da Subaru, conta com acabamento esmerado e é perfeito para quem anseia por comprar e permanecer com o mesmo veículo por muitos anos.

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2 Comentários
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joel 2 de junho de 2021

pelo que este repórter disse do subaru ,este cara não gosta,só meteu o pau!!!

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Paulo Roberto maria Maria 24 de fevereiro de 2020

Os melhores não precisa de apelo de marketing. O subaru é um compra quem conhece.

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