Telefone fixo resiste graças aos ‘adolescentes’ da Geração Z

Norte-americanos nascidos nos anos 1990 aquecem serviço de telefonia fixa para reativar memórias afetivas da época da juventude

telefone fixo de disco antigo pixabay
Telefone fixo deixou de ser um item essencial nos lares, mas há quem ainda tem apego por esses aparelhos (Fotos: Pixabay)
Por AutoPapo
Publicado em 16/02/2024 às 20h03
Atualizado em 16/02/2024 às 21h19

Nos dias de hoje praticamente ninguém mais telefona. Tudo se resume a enviar uma mensagem de texto ou áudio. Conversas mais longas são feitas em vídeo. Mas a turma da Geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) quer mesmo é ficar pendurada no telefone fixo, como há 30 anos.

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Pelo menos é o que aponta o tabloide New York Post. Segundo a publicação, há uma tendência desse perfil de público em aquecer o serviço de telefonia fixa por uma questão basicamente afetiva.

Os entrevistados que mantém linhas fixas em suas casas relatam que o ritual do telefonema remete à infância ou apenas à simples mania de trançar o fio entre os dedos.

No entanto, o saudosismo da Geração Z bate de frente com os números do setor que mostram que 73% dos norte-americanos não contam mais com telefones em casa. Há 18 anos, eram apenas 15,8%, segundo o CDC, que é a Anvisa do Tio Sam.

Entre as crianças, o contato ainda é menor, de acordo com o CDC, apenas 18% delas têm um telefone fixo à disposição. Ou seja, a grande maioria simplesmente desconhece e não vê mais sentidos nestes aparelhos.

mulher deitada conversando ao telefone fixo pixabay
Norte-americanos nascidos nos anos 1990 ainda curtem conversar horas ao telefone, segundo o New York Post

E a falta de demanda é tamanha que há poucos dias a gigante da telefonia AT&T enviou uma solicitação para o governo da Califórnia para acabar com os telefones fixos no estado, devido a baixa demanda e os custos operacionais para manter a estrutura.

No entanto, o fetiche pelo telefone fixo ainda atrai usuários que justificam seu interesse por razões como: “nunca sabemos quem está ligando”, disse um entrevistado. Outro, considera o telefone como um brinquedo e seus amigos adoram discar como se fosse algo de outro mundo, como era quando Alexander Graham Bell inventou o telefone há 150 anos.

Telefone fixo no Brasil

A queda pelo interesse na telefonia fixa é uma tendência global. No Brasil, o serviço também está à míngua. Em 2021, apenas 16% dos domicílios brasileiros ainda mantinham uma linha telefônica, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Em 2022, o percental despencou para 12%.

E como o telefone fixo no Brasil foi um luxo até o final dos anos 1990, quando a telefonia estatal foi privatizada, boa parte da Geração Z cresceu sem um telefone em casa. Ou seja, já tiveram contato com a telefonia móvel que se popularizou no início dos anos 2000, com os chamados planos pré-pagos, o que sugere que o saudosismo não deverá pegar por aqui e o telefone velho será relegado a um mero enfeite, como o paninho tricotado que ficava abaixo do aparelho da casa da vovó.

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2 Comentários
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Lucio 18 de fevereiro de 2024

Procurei algo sobre carro nesta reportagem, só pra ver se esse saudosismo tem a ver com o gosto por carros antigos. Nada… Das duas uma: ou é só uma reportagem caça-clique, ou o pessoal da redação ainda gosta de ficar enrolando fio de telefone kkkkkk

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Felipe 17 de fevereiro de 2024

Geração Z é nascida a partir de 1995, e não 1990. Nascidos entre 1980 e 1995 são geração Y. Respeita nois.

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