[Vídeo] Testamos o Citroën Jumpy

Utilitário tem inúmeros predicados, mas esbarra na falta de confiança do brasileiro com relação ao pós-venda da marca francesa

Citroën Jumpy é convocado para recall
Por Felipe Boutros
Publicado em 14/02/2018 às 12h14
Atualizado em 31/01/2019 às 15h42

Importado do Uruguai, o Citroën Jumpy chega em duas configurações (Furgão e Furgão Pack) e já pode ser encontrado nas revendas da marca francesa desde o fim do ano passado. O veículo utilitário é construído sobre a plataforma modular EMP2.

Nas duas versões, o Citroën Jumpy pode transportar condutor e dois passageiros. O utilitário é empurrado por motor 1.6 BlueHDi a diesel, que gera 115 cv de potência a 3.500 rpm e 30 kgfm de torque a 1.750 rpm. A transmissão é manual de seis marchas e tração dianteira. O consumo é de 11,4 km/l em ciclo urbano.

O Citroën Jumpy passou por adaptações para ser vendido na América Latina. A “tropicalização” engloba encurtamento da caixa de câmbio em 6% e 100 kg adicionais de carga útil. No Brasil, ainda de acordo com a Citroën, o Jumpy tem como público-alvo empresas de serviços, pequenos empreendedores e companhias de e-commerce.

A reportagem deste AutoPapo testou a configuração Furgão Pack. Quer saber o que achamos do utilitário da marca francesa? Confira no vídeo:

[TRANSCRIÇÃO]

Desde que a Kombi saiu de linha, o mercado brasileiro ficou com opções ainda mais escassas de furgões. De olho nesse nicho, a Citroën está trazendo o Jumpy, furgãozinho que tem a pretensão de buscar alguns clientes órfãos do pão de forma da Volkswagen. Vamos conferir se ele é capaz de substituir [a Velha Senhora]?

A grande sacada do Citroën Jumpy é ter o conforto de um carro de passeio. A posição de dirigir é típica de um furgão, mas o resto todo lembra muito um hatch, por exemplo. Não é diferente de dirigir um hatch, um carro compacto. Tem até um detalhe curioso que é o volante de base reta, coisa que há alguns anos você só via em um carro esportivo e agora você vê num carro de transporte, de trabalho.

O legal do conforto do Jumpy é para o motorista, que fica o dia inteiro no trânsito. Um carro confortável garante mais disposição para uma jornada de trabalho. Outra vantagem do Jumpy é a necessidade apenas de uma carteira de habilitação categoria B, que é essa que qualquer motorista habilitado para carro de passeio tem. Isso, somado à dirigibilidade do carro de passeio, facilita muito a vida de quem está precisando de um carro de transporte.

Essa versão avaliada é a Jumpy Pack, que tem comodidades como ar-condicionado, assistente de partida em rampa… Está na faixa de R$ 87 mil, R$ 88 mil. Tem uma versão mais barata que perde alguns desses opcionais. Além disso, tem o sistema que permite com que o banco do passageiro seja rebatido ampliando o comprimento da van. Se você quiser transportar alguma coisa que excede o espaço traseiro do Jumpy tem essa possibilidade, essa modularidade.

O Jumpy é equipado com motor turbodiesel 1.6. Tem 115 cv de potência, que não é um número excepcional. Mas o que chama a atenção é o torque, que é o que interessa nesse tipo de carro, nesse tipo de veículo de carga. São 30 kgfm de torque já disponíveis a partir de 1.750 rotações. A Citroën garante que o Jumpy é um dos mais econômicos da categoria, embora não tenha divulgado nenhum número de consumo.

É claro que a gente está falando de um veículo de carga, embora a gente já tenha elogiado aquelas características dele de carro de passeio, de conforto, de economia. Mas é um veículo de carga. Então tem alguns problemas. Um primeiro é o barulho. Óbvio que o isolamento acústico não é um primor.

O fato de ser um furgão, de ter aquele espaço todo atrás sem nenhum tipo de acabamento, nem nada, amplifica o barulho. Então você vai andando e funciona como uma caixa acústica, amplificando os ruídos.

A suspensão do Jumpy é, claro, privilegia o transporte de carga. São 1.500 kg de capacidade. Então com ela vazia fica desconfortável rodar.

Na segurança ela tem um pacote bem razoável. Tem os obrigatórios airbag duplo e ABS, mas também conta com controle de estabilidade. O que é uma grande vantagem num carro dessa altura. São 1,93 m de altura.

O Jumpy é um carro legal para quem está carente de opção nesse segmento. A facilidade de usar carteira B, a boa dirigibilidade e a boa capacidade de carga são atrativos. O porém é o preconceito que o mercado ainda tem com a Citroën aqui no Brasil. Mas se a marca souber trabalhar isso direitinho, oferecer condições que atraiam os frotistas, com certeza o Jumpy é uma boa opção para quem está precisando de um veículo de carga relativamente compacto.

Citroën Jumpy avaliação AutoPapo
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2 Comentários
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Mauro Friedrich 17 de outubro de 2020

Análises interessantes, mas faltou analisar a versão de transporte de passageiros também.

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José divino dos santos 14 de fevereiro de 2018

É um belo veículo

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