Confira os planos da Renault: SUV médio é promessa

Grupo Renault (que conta também com Dacia, Alpine e Lada) terá 24 lançamentos até 2025, sendo 10 dos veículos modelos 100% elétricos

quatro prototipos de automoveis renault indicando os planos da fabricante para o futuro 1
SUV baseado no Dacia Bigster concept foi comentado durante apresentação (Imagem: Renault | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 15/01/2021 às 10h38

Após a aprovação do Conselho de Administração, Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, apresenta o seu novo plano estratégico “Renaulution”, com o objetivo de mudar a tática do Grupo Renault de volumes para valor. Confira as novas diretrizes fabricante e o que podemos esperar de produtos.

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O plano está estruturado em 3 fases, lançadas em paralelo:

  • “Ressurreição”, que se estende até 2023, com foco em recuperação da geração de caixa e margens;
  • “Renovação”, que se estende até 2025, para gamas de produtos mais ricas e renovadas, alimentando a lucratividade da marca; e
  • “Revolução”, a partir 2025 e além, para focar o modelo de negócios em mobilidade, tecnologia e energia, posicionando o Grupo Renault em um lugar de destaque na cadeia de valor das novas mobilidades.

Serão estratégias para recuperar a competitividade do Grupo Renault:

  • Promover eficiência por meio da engenharia e manufatura, para reduzir os custos fixos e melhorar os custos variáveis em todo o mundo;
  • Investir nos atuais diferenciais industriais do Grupo e a liderança em motorização elétrica na Europa;
  • Contar com a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi para expandir a cobertura de produtos, negócios e tecnologias;
  • Acelerar os serviços de mobilidade, serviços de energia dedicados e relacionados ao tratamento de dados; e
  • Promover lucratividade por meio de 4 unidades de negócio diferenciadas e baseadas em marcas potentes, orientadas para o mercado e os clientes.

Uma nova organização vai implementar este plano: lideradas pela engenharia, as funções são responsáveis pela competitividade, custos e time-to-market dos produtos das marcas. De acordo com esta organização orientada para o valor, a empresa não vai mais se basear em participações de mercado e vendas para mensurar sua performance, mas se baseará na lucratividade, geração de caixa e eficiência dos investimentos.

O plano Renaulution vai assegurar a lucratividade sustentável do Grupo, mantendo sua trajetória em relação ao compromisso de ter uma pegada de carbono zero na Europa até 2050.

O CEO do Grupo Renault, Lucas Meo, comentou:

Mais do que uma recuperação, trata-se de uma profunda transformação do nosso modelo de negócios.

Assentamos fundações firmes e equilibradas para a nossa performance. Racionalizamos nossas operações começando pela engenharia, ajustando o nosso tamanho quando necessário, realocando nossos recursos em produtos e tecnologias com alto potencial.

Este aumento na eficiência vai alimentar nossa futura gama de produtos: recheada de tecnologias, eletrificada e competitiva. E isso vai alimentar a força das nossas marcas, cada uma com seus próprios territórios, claros e diferenciados, responsável por sua lucratividade e satisfação do cliente.

Vamos passar de uma empresa de carros que trabalha com tecnologia para uma empresa de tecnologia que trabalha com carros, fazendo pelo menos 20% de sua receita a partir de serviços, tratamento de dados e comercialização de energia até 2030.

Novos produtos Renault

O plano Renaulution inclui os  seguintes elementos:

Racionalização das plataformas de 6 para 3 (com 80% dos volumes do Grupo baseados em três plataformas da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi) e motores (de 8 para 4 famílias). Ressaltando que todos os modelos a serem lançados com base em plataformas existentes chegarão ao mercado em menos de 3 anos.

Crescimento da presença internacional da Renault para negócios de altas margens principalmente na América Latina, Índia e Coreia, alavancando nossa competitividade na Espanha, Marrocos, Romênia, Turquia e criando mais sinergias com a Rússia.

Este novo modelo criará um portfolio de produtos reequilibrado e mais lucrativo, com 24 lançamentos até 2025 – metade deles nos segmentos C/D – e pelo menos 10 veículos 100% elétricos.

Como parte de sua estratégia, a marca vai aumentar o seu mix de segmentos com uma ofensiva no segmento C (7 modelos) e fortalecer suas posições na Europa, além de focar em canais e segmentos lucrativos em mercados-chave, como América Latina e Rússia.

Durante a apresentação, Luca Di Meo falou do Dacia Bigster, conceito que antecipa um crossover acima do Duster para os próximos anos. Isso significa a marca terá um novo SUV com porte para encarar modelos como Jeep Compass, Volkswagen Taos e Toyota Corolla Cross.

Por fim, o plano estratégico listou missões ligadas à mobilidade:

  • 4 veículos concebidos sob medida, sendo dois para  carsharing, um para empresas de transporte por aplicativo e um para a última etapa da entrega (last-mile);
  • Soluções inovadoras de financiamento (assinatura, leasing, pay-as-you-go); e
  • Plataforma dedicada de dados, serviços e software.
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