Rolls-Royce foi beneficiada por mortes decorrentes de Covid, diz CEO

Rolls-Royce registrou o seu melhor ano de vendas da história. Em 2021, a marca premium vendeu 5.586 unidades no mundo inteiro.

Rolls-Royce registrou maior número de vendas da história durante a pandemia do coronavírus
Rolls-Royce registrou maior número de vendas da história durante a pandemia do coronavírus (Foto: Rolls-Royce | Divulgação)
Por Bernardo Castro
Publicado em 14/01/2022 às 09h19
Atualizado em 14/01/2022 às 15h31

A pandemia do COVID-19 impactou de forma muito negativa o setor automotivo. Um dos maiores problemas que se teve nesse segmento foi a falta de chip semicondutores, que forçou fabricantes – como a Chevrolet por exemplo – paralisarem a produção de alguns dos seus modelos.

Isso criou uma fila de espera de meses para receber o carro 0 km e a baixa nos estoques de lojas e concessionárias independentes acabou inflacionando o mercado de usados, que apresentou uma demanda maior do que a oferta.

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Contudo, por incrível que pareça, nem todas as fabricantes se deram mal nesse período de crise sanitária, e a Rolls-Royce é um exemplo disso. Em 117 anos de história, a marca de luxo registrou o seu melhor ano de vendas de todos os tempos e entregou 5.586 carros em todo o mundo.

Ao Financial Times, o CEO da Rolls-Royce, Müller -Otvös, associou esse crescimento às mortes causadas pelo coronavírus: “Muitas pessoas testemunharam pessoas em sua comunidade morrendo de Covid, o que as faz pensar que a vida pode ser curta e é melhor viver agora do que adiá-la para uma data posterior. Isso também ajudou [as vendas da Rolls-Royce] massivamente”.

Motivos que podem ter levado ao crescimento da Rolls-Royce

O primeiro motivo pode estar ligado ligado com a escassez de peças no mercado. A fabricante inglesa e outras marcas de luxo produzem veículos em menor escala e o impacto certamente foi menor do que em uma marca generalista como a Chevrolet, por exemplo, que produz milhões de veículos por ano.

Outro fator improvável é a econômia. De acordo com o The Economist, “após períodos de grandes perturbações não financeiras, como guerras e pandemias, o PIB se recupera. Hoje, mesmo enquanto o Covid-19 se espalha pelos países mais pobres, o mundo rico está à beira de um boom pós-pandemia”. A agência esperava que a economia dos EUA aumentasse mais de 6% em 2021. Sua tendência antes da crise sanitária deveria ser de 2%. 

Além disso, clientes de marcas premium já possuem excesso de renda disponível e, durante esses tempos difíceis, não enfrentam tantas dificuldades quanto as pessoas que possuem uma renda mais baixa.

Boris Feldman explica como fabricantes se viraram para lidar com a crise dos chipsemicondutores

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