Yamaha MT-03 2021: como anda a segunda geração da moto

Yamaha MT-03 2021 chega com nova suspensão dianteira invertida, novo painel digital e conjunto óptico, além de novo tanque batizado de touro de aço.

yamaha mt 03 2021 azul
Yamaha MT-03 2021 (Foto: Yamaha | Divulgação)
Por Teo Mascarenhas
Publicado em 07/09/2020 às 09h51

A nova geração da Yamaha MT-03 chega ao Brasil, a partir da segunda quinzena de setembro de 2020, depois de ser atualizada em outros mercados, ainda em 2019. O atraso, porém, veio em decorrência da interrupção do fluxo de componentes e peças importadas na linha de produção em Manaus (AM) devido à pandemia. Um golpe a mais, já que o modelo é líder nacional no segmento das street médias “premium”.

Para conquistara posição, entretanto, a naked MT-03, recorreu ao DNA da família Master of Torque (Mestre da Força) ou simplesmente MT. O primeiro modelo da linha, MT-09, foi lançado em 2013, com motor de três cilindros, 847 cm³ e 115 cv, equipado com intervalo de ignição de 270 graus (batizado de crossplane), que produz um verdadeiro “coice” na hora de acelerar.

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Logo depois, veio a MT-07, com motor de dois cilindros em linha, 689 cm³ e 75 cv, também com o arranjo na movimentação dos pistões crossplane. As duas, igualmente vendidas no mercado nacional.

Por último, a caçula MT-03, que, agora, chega à segunda geração, com a responsabilidade do nome MT, equipada com motor de dois cilindros em linha, 321 cm³, 42 cv, torque de 3,0 kgfm. A Yamaha MT-03 2021 e preço sugerido de R$ 25.490. A garantia também foi estendida para quatro anos.

yamaha mt 03 2021 na estrada
MT-03: ‘menor’ modelo da linha ‘Master of Torque’

Novo visual

Além de aprimoramentos mecânicos, a MT-03 2021 também incorporou atualizações visuais. O volume foi concentrado na dianteira, com um novo tanque mais baixo 20 mm e mais largo 31,4 mm, com novos encaixes para as pernas do piloto – eles o deixam mais integrado e com melhor apoio nas curvas.

A capacidade do tanque, 14 litros, não foi alterada, mas o novo formato deixou a impressão de maior robustez, em um conceito batizado de steel bull (touro de aço). As mudanças no visual também incluem setas estreitas e um novo conjunto óptico, totalmente em LED, inspirado na irmã maior MT-09.

O bloco de iluminação tem ousado desenho mais pontiagudo com luzes de posição, como dois olhos afilados e um bulbo inferior, tipo canhão, quase camuflado, como farol.

Acima de tudo, o novo painel de formato retangular, agora totalmente digital em tela LCD, equipado com o computador de bordo, indicador de marcha engatada, alerta de troca de óleo, indicador de temperatura do líquido de refrigeração e a luzinha shift light para alertar o momento de trocar as marchas.

Normalmente presente em modelos de maior cilindrada, o shift light da MT-03 2021 pode ser regulado nas rotações (a partir de 7.000 rpm), na luminosidade (em três níveis) e na apresentação: intermitente ou fixa.

O painel é o mesmo que equipa o modelo R-3, que é a versão carenada e esportiva da naked MT-03, com quem também divide o motor, quadro, rodas e freios e agora também a nova suspensão dianteira.

O garfo dianteiro, agora é invertido (upside down), com tubos de 37 mm de diâmetro 130 mm de curso. A suspensão traseira, do tipo mono, também foi recalibrada e conta com sete regulagens na pré-carga e 125 mm de curso.

Como anda a MT-03 2021

O motor da Yamaha MT-03 2021 tem dois cilindros paralelos, oito válvulas e entrega 42 cv a 10.750 rpm e um torque de 3,0 kgfm a 9.000 rpm. Números que justificam o batismo Master of Torque, especialmente nas retomadas.

Com 321 cm³, o motor tem volume ligeiramente maior que a identificação MT-03 pode sugerir, como apenas 300 cm³.

Na prática, contudo, o vigor do motor permite enrolar o cabo sem dó e manter velocidades surpreendentemente elevadas por longos períodos, mesmo sem o benefício do pára-brisa aerodinâmico.

Por outro lado, em baixas velocidades, situação comum no trânsito dos centros urbanos, por exemplo, a vitalidade permanece, facilitando a tocada na recuperação da velocidade sem precisar recorrer às constantes trocas de marchas.

A ergonomia deixa o piloto bem encaixado, em posição levemente esportiva, porém, com guidão inteiriço um pouco mais alto e um banco de dois níveis, deixando a pilotagem divertida e prazerosa.

Suspensão traseira assimétrica

Assim como na irmã esportiva R-3, as rodas são de liga leve, com aros de 17 polegadas de diâmetro, que facilitam as mudanças rápidas de direção. Uma característica, que somada à nova suspensão dianteira invertida (mais resistente à torções), deixa o comportamento ágil nas curvas, sem alterar a precisão na trajetória.

O quadro em tubos de aço é do tipo diamante, com o motor fazendo parte da estrutura para reduzir peso e aumentar a rigidez. Porém, conta com um adereço na parte inferior, como um limpa-trilhos, que também protege a saída do escape.

Outra característica singular é a balança da suspensão traseira assimétrica, entretanto, por razões técnicas (redução de torções) e não estéticas.

Os freios contam com sistema ABS (obrigatório), equipado com disco de 298 mm de diâmetro equipado com pinça de dois pistões na dianteira e 220 mm na traseira. Perfeitamente moduláveis, transmitem precisão e segurança.

Fotos: Yamaha | Divulgação

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1 Comentário
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Claude Fondeville 9 de setembro de 2020

Gostaria de conhecer a ficha técnica completa dela.
Obrigado

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