Kadett Sedan, Stilo Perua, etc: 10 carros que nunca se tornaram nacionais
Mercado brasileiro não conheceu sedãs, peruas, hatches, cupês e conversíveis baseados em modelos bastante comuns por aqui
Por Alexandre Carneiro 21/03/21 às 08h42Mercado brasileiro não conheceu sedãs, peruas, hatches, cupês e conversíveis baseados em modelos bastante comuns por aqui
Por Alexandre Carneiro 21/03/21 às 08h42Muita gente fica surpresa quando descobre que carros nacionais, muito conhecidos pelo consumidor brasileiro, tiveram uma linha bem mais ampla no exterior. Isso é bastante comum: tanto que deu para fazer até um listão com 10 casos desse tipo!
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Os motivos que levam as multinacionais a não trazerem a linha completa, geralmente, têm um ponto em comum: mercado. O fabricante pode visar evitar concorrência interna com outros produtos, ou ainda temer prever má-aceitação do consumidor. Seja como for, confira o listão de derivados de carros nacionais que, talvez, você nem soubesse que existiram no exterior!
Na Europa, a linha Kadett foi bem maior que no Brasil. Enquanto por aqui a família limitou-se ao hatch de duas portas, ao conversível e à perua (inicialmente, também com duas portas e, depois, com quatro), a marca alemã Opel, então subsidiária da GM, ofereceu diversos outros derivados, como um sedã e até um furgão. Houve ainda o hatch de quatro portas, outro que não rodou em solo nacional.
O herdeiro do Kadett repetiu a dose: o Astra teve, na Europa, várias derivações inexistentes no Brasil. Os que mais fazem inveja são o Coupé e o Cabrio, ambos com design assinado pelo Estúdio Bertone e opcionalmente equipados com motor turbo. Mas nem mesmo a perua Caravan foi nacionalizada pela GM. Isso sem falar no furgão Astravan, também restrito ao exterior. O mercado local ficou somente com o hatch e o sedã.
Outro dos carros nacionais da GM que teve mais derivações no exterior foi o Vectra. Desde sempre, os europeus puderam comprar uma configuração hatch (ou notchback, para ser mais preciso). A partir da geração B, a gama ganhou também a perua Caravan. Já do lado de cá do Atlântico, houve unicamente o sedã: o hatch só chegou na terceira safra, quando o modelo já não era alinhado ao similar da Opel.
Não, o carro em questão aqui não é a Variant das gerações mais recentes do Passat, que chegaram ao país por meio de importação oficial. A pauta diz respeito à primeira geração do modelo, que nunca integrou a linha brasileira. Como não havia fabricação oficial, a concessionária Dacon acabou criando sua própria perua baseada no Passat: adaptada artesanalmente, era vendida sob encomenda.
Integrante da linha Passat em outros países, o Santana acabou tornando-se modelo único por aqui; com exceção da perua Quantum, em uma situação curiosamente contrária à da gama do antepassado. Porém, acabou faltando o hatch. O modelo chegou até a ser flagrado em testes no Brasil durante os anos 80, mas ficou por isso mesmo.
Eis mais uma perua que nunca integrou a gama de carros nacionais da Volkswagen. O único derivado do Golf de quarta geração que desembarcou no país foi o sedã Bora, importado oficialmente do México. Pelo menos os consumidores brasileiros conheceram somente as safras seguintes da Variant, baseadas no Jetta e no Golf VII, respectivamente. Nenhuma delas, porém, foi produzida localmente.
Entre os modelos da Fiat, o que teve a gama mais vasta fora do Brasil é o Stilo. Enquanto, no mercado local, a marca italiana lançou unicamente o hatch de quatro portas, na Europa houve também a perua Multiwagon e um derivado de perfil mais esportivo. Esse último era um hatch que, além de duas portas menos, tinha uma carroceria distinta, com capota mais baixa e design próprio na traseira.
É até difícil entender porque a hoje extinta gama de veículos nacionais da Ford não contou com o Galaxie Coupé. Afinal, durante as décadas de 1970 e 1980, os consumidores brasileiros preferiam carros com esse tipo de carroceria em relação aos sedãs. Tal configuração acabou restrita à América do Norte, juntamente com um conversível, que também não chegou ao Brasil.
Ao trazer a linha Dacia para o Brasil, a Renault enxugou alguns modelos. É que, na Europa, Logan e Sandero deram origem a diversos derivados. Na primeira geração, houve um misto de perua e minivan, batizada de MPV, além do furgão Van e até uma picape. Tal caminhonete chegou a rodar em testes no Brasil, mas acabou descartada em prol de um projeto local: a Oroch. De todas essas configurações, apenas a MPV sobreviveu na segunda safra, transformada em uma perua propriamente dita.
Civic hatch, para você, é aquele da primeira geração (a quinta em nível global), que chegou ao Brasil durante a abertura às importações, nos anos de 1990? Pois saiba que outras safras do modelo também tiveram essa opção de carroceria, inclusive a atual. Ela integra a linha Honda em diversas regiões do planeta, mas não tem previsão alguma de desembarcar aqui.
Já que não temos o hatch, assista ao vídeo com o teste do Civic Sedan!
E a perua do Ford Focus ??
A lista pode ficar bem maior do que 10 modelos.
Olá, Fábio.
Caro, a lista diz respeito a automóveis nacionais: esse não é o caso da linha Focus, que sempre foi importada da Argentina. De qualquer modo, a perua da gama realmente nunca foi vendida no Brasil.
No mais, permita-me concordar que a relação poderia, sim, ser maior, mesmo envolvendo unicamente automóveis produzidos no país. O problema é que listas muito longas tendem a ter alta taxa de rejeição dos leitores: pouquíssimas pessoas chegam até o fim de textos com vários tópicos.
Abraço e obrigado por comentar!
Entendo perfeitamente. E agradeço a pronta resposta.
A internet sem dúvida é indispensável pelas suas coisas boas hoje em dia, mas infelizmente trouxe coisas ruins que pouca gente previu, como o analfabetismo funcional e a falta de foco.
Parabéns pelo blog e um abraço você e ao Boris
Temos que dá um volto de confiança ao próximo!
Ja tive dois Astras: 1 2003 e outro 2011 moto rsao 140 cvls. Hoje tenho um cobalt 1.8 ltz.mas nunca esqueci deles . Astra é um carro sensacional, lindo, possante e muoto bom de guiar.
Faltou também a versão perua do Focus mk1 e mk2… Uma pena, pois eram lindas!
Tudo tranqueira, tudo merda de carro
Lembro de ter ficado admirado ao ver “perua” Golf quando cheguei ao Japão em 2006. Outro carro que vi por lá foi Mercedes Classe A igual fabricados em Juiz de Fora-MG.
O Astra Caravan é a Zafira??
Olá, Daniel.
Não: são dois modelos distintos, embora ambos sejam baseados no Astra. A Caravan é uma perua, idêntica às configurações hatch e sedã do Astra até a coluna B. Já a Zafira é um monovolume, com carroceria própria, teto elevado e entre-eixos alongado: graças a essas características, o modelo consegue acomodar 7 ocupantes.
Abraço!
Que saudade destes tempos,… saudosos anos 90 até 2010… Linda perua do Vectra nas imagens!! pena que não veio por aqui oficialmente! Agora perua do Tempra era um arraso, ainda hoje vejo algumas pela rua bem conservadas de colecionadores… e chamam muito a atenção, lindas, parecem recém saídas da agencia… Saudades de ver Astra hatch vermelho versão SS com aerofólio, muito show… os carros de hoje estão numa fase mediocridade de design, sem sal… a moda são só estes altinhos sem graça…
Também concordo querido
Inclusive nós padrões de cores antes os carros eram mais coloridos
Mas enfim
Né a globalização ative todas as esferas
Poderia fazer um com versões de carros mundiais que só tivemos no Brasil.
Tenho um Astra 10/11, 140 vc, desde 2012, não passei pra frente até hoje…rrsss