[Vídeo] 7 circuitos antigos da Fórmula 1 que nós amamos

Acometidos pela nostalgia, resolvemos listar sete pistas que deram o ar da graça na Fórmula 1 e que continua a deixar saudades

Jacar%C3%A9pagua
Por AutoPapo
Publicado em 24/10/2017 às 18h30
Atualizado em 11/08/2022 às 16h29

A gente é um pouco nostálgico por aqui. Vimos no (ótimo) Flat Out matéria que faz referência ao canal do YouTube Circuits of the Past, onde o neerlandês Herman Liesemeijer – entre outras coisas – posta onboard laps em traçados que, infelizmente, não mais existem. Acometidos por esse sentimento resolvemos listar sete pistas que deram o ar da graça na Fórmula 1 e deixaram saudades.

1- Estoril

13 corridas de F1 foram realizadas no Autódromo do Estoril. Lá, em 1985, Ayrton Senna conquistou sua primeira vitória na categoria, correndo pela Lotus. O tricampeão mundial também foi pole position do GP. O ótimo traçado rendeu ótimas disputas e a Parabólica é uma das curvas mais divertidas de todas as pistas que já receberam o circo. Abaixo temos performance de Alain Prost, em sua Ferrari 643, no grande prêmio português de 1991. Na largada Jean Alesi, seu companheiro de equipe, conseguiu tomar espaço e ficar à sua frente. O tetracampeão não terminou a corrida. Alesi ficou em terceiro.

2- Paul Ricard

As curvas rápidas e a magnânima reta Mistral, com seu 1,8 km de extensão, davam o tom no traçado original. O circuito não era lá a epítome da segurança. Em 1985, Ayrton Senna e Nigel Mansell bateram feio no mesmo ponto: na curva Signes, subsequente à Mistral. Em 1986 Elio de Angelis acabou morrendo depois de acidente na pista, mais especificamente na Verriere. Mesmo “sem culpa”, o traçado passou por modificações com o objetivo de melhorar a segurança dos pilotos. Paul Ricard sediaria o GP da França por mais alguns anos até que Magny-Cours tomasse seu posto de vez, em 1991. O circuito volta ao calendário da Fórmula 1 no ano que vem. Esperamos que retorne sem chicane na Mistral.

3- Watkins Glen

20 grandes prêmios de Fórmula 1 foram realizados em The Glen. O primeiro se deu em 1961, com a primeira vitória da história da Lotus. A construtora triunfou com o britânico Innes Ireland. Ao decorrer dos anos, as multidões que lotavam Watkins Glen para assistir ao GP de Fórmula 1 foram dando lugar a espaços vazios. A etapa de 1980 foi a última realizada no local. Abaixo, onboard na Tyrrell Cosworth do “vilão” Didier Pironi.

4- Zandvoort

A curva Tarzan é a mais icônica deste fantástico circuito, que abrigou por anos o GP da Holanda. Com inclinação muito louca, possibilitava aos pilotos ultrapassagens por dentro e por fora. Nela, em 1983, Nelson Piquet e Alain Prost se engalfinharam. Insegura, a pista fez inúmeras vítimas. Duas delas foram Piers Courage e Roger Williamson. Ambos sofreram acidentes na antiga seção Tunnel Oost, feita flat out (pisando fundo) pelos pilotos. Zandvoort teve seu último GP de F1 realizado em 1985.

5- Nürburgring

Não tem como evitar. Nürburgring é um clássico, especialmente a Nordschleife. Seus 22 gloriosos quilômetros oferecem de tudo. A última corrida de Fórmula 1 realizada no laço norte ocorreu em 1976. Se você assistiu ao filme Rush – No limite da emoção, de Ron Howard, já sabe o que de tão trágico aconteceu naquele etapa. Niki Lauda sofreu acidente quase fatal. Por causa do ocorrido nunca mais foi realizada uma corrida de Fórmula 1 na Nordschleife. Abaixo o grande Michael Schumacher encara a monstruosa pista em volta de exibição com sua Mercedes.

6- Jacarepaguá

O autódromo foi inaugurado em 1977, com corridas da Divisão 3 e Fórmulas VW 1300 e VW 1600. No ano seguinte já sediaria a etapa brasileira do grande circo, com triunfo do argentino Carlos Reutemann. Em 1979 e 1980 o GP foi realizado em Interlagos, voltando ao Rio de Janeiro em 1981. Por conta da ineficiência administrativa, Jacarepaguá perdeu o posto de casa da F1 no Brasil de vez em 1989. Um traçado oval ainda sediaria provas da CART entre 1996 e 2000, mas o autódromo nunca mais foi tão glorioso quanto na época que Patrick Depailler guiava sua Tyrrell por lá. O Rio ficou sem a pista em 2012, quando foi demolida para dar lugar ao Parque Olímpico, hoje abandonado. Triste.

7- Adelaide

Ao contrário da usual morosidade dos circuitos de rua, Adelaide oferecia inúmeros pontos de ultrapassagem e mesclava curvas com angulações de 90 graus com outras bem interessantes como a Dequetteville, que vinha na sequência da reta cujo nome homenageava o lendário Jack Brabham. Infelizmente, assim como outros grandes pistas, não atendia normas de segurança e teve que deixar de sediar etapas da Fórmula 1, abrindo caminho para Melbourne assumir a condição de dona do GP da Austrália.

fórmula 1
Corrida Jacarepaguá Rio de Janeiro
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1 Comentário
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Franco Vieira 25 de outubro de 2017

Correção: os Eua não ficaram 30 anos sem receber a F1 após Watkins Glen. Houve corridas em: Long Beach (76 a 83), Las Vegas (81 e 82), Detroit (82 a 88), Dallas (1984), Phoenix (89 a 91), Indianapólis (2000 a 2007) e Austin (desde 2012).

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