Audi RS4 Avant, RS5 e TT RS: esportivos dão as caras na pista

Bólidos ganharam novidades para reforçar a linha de produtos da marca alemã: experimentamos os três no autódromo

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Audi TT RS (Audi | Divulgação)
Por Alexandre Carneiro
Publicado em 10/12/2020 às 18h00
Atualizado em 11/08/2022 às 16h02

Algumas letrinhas podem mudar significativamente as características de um carro, ao menos se ele tiver origem alemã. Enquanto a Mercedes delega seus produtos mais potentes à submarca AMG e a BMW os designa com a consoante M, a terceira marca do trio germânico os identifica pela sigla RS, de RennSport (simplesmente “esportivo de corrida”, em uma tradução livre). É a Audi, que renovou a perua RS4 Avant, o cupê de quatro portas RS5 e o cupê TT RS em 2020.

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Todos eles receberam alterações visuais, que incluem, grosso modo, para-choques reestilizados e novos faróis e saídas de ar. Também há alguns novos equipamentos para os três esportivos. No mais, o RS5 deixou de ser comercializado na clássica carroceria de duas portas: agora, apenas o cupê de quatro portas, que o fabricante chama de Sportback, é importado para o Brasil. Por outro lado, o TT agora só é comercializado pela Audi na versão RS.

Modelo Preço
Audi TT RS R$ 442.990
Audi RS 4 Avant R$ 585.990
Audi RS 5 Sportback R$ 605.990

Mecanicamente, não há novidade alguma. Embora aperfeiçoamentos técnicos sejam sempre muito bem-vindos, a verdade é que não há o que reclamar nesse aspecto. O TT RS é equipado com um motor 2.5 de cinco cilindros turboalimentado, capaz de desenvolver 400 cv de potência e 48,9 kgfm de torque. O câmbio é automatizado de dupla embreagem e sete marchas.

Já a RS4 Avant e o RS5 Sportback compartilham um 2.9 V6 biturbo de 450 cv e 61,2 kgfm, acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades. Nada mau!

Equipamentos

O Audi TT RS vem equipado com faróis full-LED, volante com botão de partida e comando dos modos de condução, bancos revestidos em Alcântara e sistema de som  Bang & Olufsen de 680 watts. Há, claro, os tradicionais instrumentos digitais reunidos em uma tela de 12,3 polegadas, que o fabricante chama de Virtual Cockpit, capaz de fornecer informações em tempo real sobre o torque do motor e a força G atuante.

Um volante ainda mais esportivo, com base achatada e também forrado em Alcantara é oferecido como opcional, em um pacote que inclui acabamento com detalhes vermelhos.

RS 4 Avant e RS 5 Sportback também têm faróis full-LED, interior em Alcântara (inclusive no volante) e sistema de som  Bang & Olufsen. Em ambos, há ainda painel digital com modos de exibição exclusivos, central multimídia atualizada, com tela de 10,1″ sensível ao toque, carregador sem fio para smartphones e head-up display. O cupê de quatro portas tem dois opcionais exclusivos: faróis com tecnologia laser no facho alto e rodas pintadas na cor bronze.

Esportivos na pista

Experimentamos os três esportivos no Circuito Panamericano, um autódromo de 3.400 m que integra o complexo multipistas da Pirelli, inaugurado neste ano no município de Elias Fausto (SP). Criado para levar os pneus ao limite de aderência, o traçado é travado, com muitas curvas: ideal para experimentar a tração integral Quattro, que vem de série em todo Audi RS.

Esse sistema pode distribuir automaticamente até 85% na força no eixo traseiro ou até 70% no dianteiro, dependendo da situação. Em circunstâncias normais, o ordenamento se mantém em 60% e 40%, respectivamente. Quanto ao modo de condução, os três modelos foram conduzidos unicamente no programa Dynamic, mais esportivo e, portanto, ideal para o autódromo.

O TT RS é o mais dócil. Pequeno, leve (tem 1.440 kg) e com centro de gravidade mais baixo, o esportivo parece encontrar seu habitat natural na pista. Apesar dos impressionantes números de potência e torque, ele sempre permanece pregado ao chão. No breve contato, o cupê não ameaçou sair do controle mesmo nas curvas mais apertadas. É praticamente um carro de corridas apto a circular também por vias públicas.

Já a RS4 Avant e o RS5 têm um comportamento um pouco mais bruto, mas nem por isso menos divertido. Com potência e peso extras (ambos têm 1.715 kg), eles não ficavam muito atrás do TT RS nas retas – assim como ele, rompiam os 200 km/h no retão do circuito -, mas exigiam mais “respeito” nas saídas de curvas, sob a pena de escaparem da trajetória ideal.

Nessas situações, porém, basta conter o ímpeto que a tração Quattro trata de ajudar prontamente a colocar as coisas no lugar. Uma vantagem da RS4 Avant e do RS5 em relação ao TT RS são os freios em cerâmica, vendidos como opcionais pela Audi. Esse sistema exige temperaturas de trabalho maiores para entregar máxima performance, mas é menos sensível ao fading: ideal, portanto, para autódromos.

Audi TT RS é afiado; RS4 Avant e RS5 Sportback são mais versáteis

Embora a experiência com os três esportivos tenha se limitado ao autódromo, o barato da RS4 Avant e do RS5 é a maior versatilidade: ambos podem ser utilizados mais facilmente no dia a dia. Por sua vez, o Audi TT RS tem uma aura de “brinquedão” (o que constitui uma proposta distinta, e não necessariamente demérito).

Se fosse para escolher, este jornalista ficaria com a perua. Além do gosto por tal tipo de carroceria, pesa também a tradição: o modelo descende diretamente da RS2 Avant, primeiro esportivo da linha RS, lançado em 1994. No Brasil, uma unidade, em especial, ficou famosa por ter pertencido a Ayrton Senna.

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1 Comentário
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Alves 3 de janeiro de 2021

O ronco dessas criancas eh um carinho nos timpanos.

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