Bomba baixa, gasolina adulterada e outras tramoias dos postos

Para aumentar seus lucros, alguns comerciantes inescrupulosos adotam sofisticados sistemas em postos de combustíveis, como a Bomba Baixa

sequencia de bombas em posto com fundo desfocado bomba baixa
Apesar de a maioria dos postos serem geridos por pessoas honestas, alguns estabelecimentos fazem de tudo para lesar o consumidor (Foto: Adobe Stock)
Por Boris Feldman
Publicado em 03/08/2022 às 18h28

A Agência Nacional do Petróleo (ANP), que é reguladora dos combustíveis, bem que tenta, mas ela não consegue fiscalizar todos os postos, que são dezenas de milhares em todo o país.

A maioria dos proprietários dos postos é honesta, trabalha com dignidade, com caráter. Mas tenha sempre aquela turma dos desonestos, dos picaretas, cheios de maracutaias, a começar da famosa bomba baixa. Que que é isso?

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Bomba baixa

Ela mostra, lá no visor, que te entregou 50 litros. Na verdade entraram só 46 ou 47 litros no tanque. E se você pede para verificar, e é colocado aquele camburão lá de 20 litros, ou chega a fiscalização da ANP, lá do escritório do posto tem um controle remoto que volta a bomba a marcar corretamente.

A hora que vai todo mundo embora ela volta a praticar a desonestidade contra o seu bolso. Se não é a bomba baixa é o combustível adulterado. Ou os dois juntos né? Pior ainda.

Qual combustível adulterado? Qualquer um! Na gasolina, ao invés dos 27% de etanol, tem 40%, tem 50%, tem 60%, a própria ANP já achou 70%. Tem mais, muito mais etanol do que a gasolina. Aí chega no fim do mês o seu carro não protesta, ele é flex, ele queima qualquer coisa.

Mas o seu bolso não é flex não. É real que está saindo para pagar a gasolina, que na verdade veio etanol, e aumenta o consumo e a sua despesa.

Se não é a gasolina é o próprio etanol que tem que ter 8% de água, aí o posto põe 10%, 12%, 14% de água. Adulteração é um dos maiores problemas não só para o seu bolso, mas para o próprio motor do seu carro.

Dedo na vareta

Se não é o dono do posto, ele instrui o funcionário, o frentista e alguns, infelizmente fazem isso: colocar o dedo na vareta. Na hora que vai medir o nível do óleo lá no cárter ele põe o dedinho, não deixa a vareta ir até o fundo, puxa de volta e mostra, “está faltando óleo.” Tá nada, é porque a vareta não foi no fundo.

E ainda tem um outro de você mandar trocar o óleo no posto. Mostra a especificação: “o meu óleo tem que ser o 10W40 e tem que ser SAE, SL, SN.”

“Perfeitamente, doutor!”

O frentista coloca sabe o quê? Óleo reciclado, o que já saiu de outro carro e tem empresas especializadas em transformar o óleo velho em um novo. Não é que ele não fique bom, quebra o galho, mas nunca aquilo que você queria, ou que a fábrica recomendou para colocar no seu motor.

Ou então pode até ser um óleo novo comprado e colocado no frasco, só que é outro de pior qualidade com outras características de viscosidade e aditivação, mas você está pagando pelo óleo recomendado pela fábrica. Depois não entende porque os problemas no motor e outros que podem aparecer na tubulação que leva o combustível para o motor.

Tudo porque o posto era desonesto.

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