Mercedes contra pirataria: 1,6 milhão de peças falsas em 2019

Segundo organizações internacionais, comércio de produtos falsificados já movimenta US$ 509 bilhões anualmente, mais do que o tráfico de drogas

pastilha de freio falsa x original
Pastilha de freio falsa X pastilha original (Foto: Mercedes-Benz | Divulgação)
Por Boris Feldman
Publicado em 14/07/2020 às 18h44

O comércio internacional de produtos falsificados não para de crescer em todo o mundo e, de acordo com estimativa da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), composta por 34 países, sediada em Paris e que tem o Brasil como membro, seu valor anual já chegou a U$ 509 bilhões e continua crescendo.

A indústria automobilística é especialmente afetada e, por isso, a Mercedes-Benz decidiu atuar objetivamente contra as peças de reposição piratas, principalmente junto às autoridades alfandegárias de todo o mundo.

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A empresa alemã revela que a ação iniciada no ano passado resultou na apreensão de 1,6 milhão de peças falsificadas para veículos Mercedes. “Em muitos casos – diz Renata Brüngger, do Conselho de Administração da Daimler AG e Mercedes-Benz AG –  são componentes fundamentais na segurança veicular como discos de freios, rodas e parabrisas”.

A pirataria investe pesadamente neste comércio e a associação de fabricantes contra este crime (Unifab) afirma que sua rentabilidade é superior à do tráfico de drogas. Na maioria dos casos, são produtos fabricados em condições desumanas, sem respeito aos padrões ambientais, segurança de trabalho ou direitos humanos. Não se trata da produção de componentes pela Mercedes-Benz ou seus fornecedores autorizados, mas de componentes falsificados.

Risco ao comprar peça falsa

pastilha de freio falsa x original
Pastilha de freios falsa (esq.) comparada com a original (Foto: Mercedes-Benz | Divulgação)

Quem não tem experiência no setor, não percebe serem produtos de qualidade inferior e que sequer atendem aos padrões legais básicos, representando, portanto, um considerável risco para o bem estar e segurança dos usuários.

“A proteção da marca é a proteção do próprio consumidor; e sua segurança é nossa prioridade”, diz Brüngger. “Nosso objetivo é tolerância zero contra a indústria da falsificação e por isso criamos um departamento autônomo para barrar a pirataria”.

Os especialistas na proteção da propriedade industrial verificam produtos suspeitos em plataformas digitais e em feiras pelo mundo para rastrear falsificações. A sinalização típica da pirataria são o preço baixo, distorções na qualidade do produtos ou venda online em portais de origem duvidosa.

As buscas internacionais com autoridades governamentais de cada país visam detectar as grandes redes de falsificações e eliminar sua estrutura de produção e distribuição. Outras medidas incluem procedimentos criminais e ações judiciais contra prejuízos morais e materiais.

As equipes de proteção da marca cooperam com as autoridades alfandegárias e policiais também para a prevenção deste crime, com sessões de treinamento para capacitação a respeito dos riscos de segurança e ajuda para se diferencias peças genuínas das falsificadas.

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5 Comentários
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jeova 24 de setembro de 2020

não seria peças de 2 linha?
Como aqui esta cheio?
já que 1 linha e original são o preço de um pulmão?

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Márcio 15 de julho de 2020

So vender peça mais barato.
E um absurdo caro.

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Uracy Moraes 15 de julho de 2020

Sou propietario de um veiculo da Mercedes Bens e procurei uma pecar de acabamento do parachoque, me cobraram R$ 200,00 pela peça, mas 15 dias depois o preço, foi pra 1.400,00.
Preço abusivo de caro. Se as montadoras vender por um preço justo, a pirataria não vai suportar a concorrência.

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Ademir 15 de julho de 2020

Bom dia!
Quando as montadoras pararem de cobrar preços exorbitantes por peças de reposição á pirataria também acaba.

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Diego 15 de julho de 2020

Nunca acabará. Piratear sempre será mais barato.

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