Nova linha City muda os rumos da Honda no Brasil

"O inédito City hatch substitui o Fit. Entregas só começam em março de 2022 e preços a definir. O sedã custa bem mais agora, entre R$ 108.300 e 123.100"

honda city hatch sedan 7
Linha City passa a incluir, pela primeira vez, um hatch (Foto: Honda | Divulgação)
Por Fernando Calmon
Publicado em 26/11/2021 às 10h17

A Honda fez um movimento amplo e audacioso na sua linha de modelos no Brasil e, ao mesmo tempo em que lançou a quinta geração (terceira no Brasil) do sedã City, apresentou também o City hatch, além de descontinuar a produção local do Fit e do Civic. Este será importado em 2022 em versão híbrida.

O Fit, apesar de considerado um hatch de teto alto no exterior, aqui o mercado o enquadrava como monovolume. O inédito City hatch substitui o Fit. Entregas só começam em março de 2022 e preços a definir.

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O sedã custa bem mais agora, entre R$ 108.300 e 123.100, todos com câmbio automático CVT de sete marchas, a partir de janeiro. A Honda afirma que ele cresceu em todas as dimensões, mas a distância entre eixos (2,60 m) continuou a mesma, igual à do Onix Plus e 5 cm menor que a do Virtus.

Em relação ao Honda City anterior ficou 5,3 cm mais largo e 9,4 cm mais longo, porém perdeu um pouco de espaço no porta-malas (519 litros; antes 536 litros somando volume abaixo da tampa do assoalho).

Em termos de estilo a evolução é marcante em frente, traseira e perfil. Versão de topo Touring traz faróis principais e de neblina de LED. Lanternas de LED estão nas duas outras versões.

O interior também evoluiu, em especial o acabamento interno. Os bancos dianteiros oferecem mais conforto e apoio lateral. Tela multimídia de 8 pol. permite espelhar sem fio Android Auto e Apple CarPlay, mas sem carregamento por indução.

O estreante Honda City hatch manteve todas as possibilidades de rebatimento do assento e encosto traseiros, que foram marca registrada do Fit. O espaço para pernas atrás é até maior no hatch do que no sedã.

Motor de aspiração natural inteiramente novo, bloco e cabeçote em alumínio, agora com injeção direta e duplo comando de válvulas com controle variável em admissão e escape, tuchos hidráulicos (finalmente…) manteve os 1.497 cm³ de cilindrada e ganhou 9% na potência: 126 cv (gasolina ou etanol). O motor 1-litro turbo do Virtus, por exemplo, entrega 10 cv a menos (gasolina) e apenas mais 2 cv (etanol).

Torque de 15,5 kgf.m (G)/15,8 kgf.m (E) perde muito em relação ao Virtus (20,4 kgf.m) e nem tanto para o turbo de 1 litro do Onix (16,3 kgf.m/16,8 kgf.m). Retomadas, comuns no trânsito urbano, são boas, porém inferiores aos concorrentes.

O novo Honda City ficou 5% mais econômico em relação ao anterior. Consumo na cidade, 13,1/9,2 km/l (G/E) e na estrada, 15,2/10,5 km/l (G/E). O tanque de combustível diminuiu de 46 para 44 litros (no hatch, diminutos 39,6 l). Alcance máximo do sedã em estrada é de 669 km (gasolina) contra 759 km, do Virtus e 660 km, do Onix Plus. No hatchback, alcance máximo de 585 km.

Particularidade interessante do câmbio CVT: reduz automaticamente de marcha, quando o carro detecta início de declive, a fim de poupar os freios.

Melhora importante, que também explica o preço maior, é o pacote de segurança ativa Honda Sensing, pela primeira vez em um produto da marca fabricado aqui. City Touring inclui controle de cruzeiro adaptativo, acionamento do freio ao detectar possível acidente frontal (veículos e pedestres), assistência de permanência em faixa, mitigação de evasão de pista e troca automática de farol alto/baixo. Há seis airbags de série nas três versões.

Novo Honda City já matou o Fit e próxima vítima é o WR-V: assista ao vídeo e entenda!

Alta Roda

BMW aumenta a aposta no Brasil. Investirá R$ 500 milhões nos próximos três anos na fábrica de Araquari-SC. Além dos novos X3 e X4, produzirá outro modelo, inédito, ainda não revelado pela matriz. Adianto que será um SUV, mas como já existe a nomenclatura completa (X1 a X7) deve se acrescentar uma letra para diferenciá-lo.

Land Rover também anunciou a volta agora da produção do Range Rover Evoque, na fábrica de Itatiaia (RJ) com recontratação de funcionários.

QUARTA geração do Audi A3 chega sem distinção de preços básicos entre hatch e sedã: R$ 229.990 (motor 1,4 L/150 cv; câmbio automático, 8 marchas) e R$ 264.990 (2 L/190 cv; câmbio automatizado de duas embreagens, 7 marchas). Avaliei as duas versões, em roteiro rodoviário. Mesmo o A3 de menor potência (motor igual ao fabricado aqui) entrega desempenho honesto.

Distância entre eixos não mudou, porém o sedã ficou 4 cm mais comprido. Interior refinado, quadro de instrumentos digital (12,3 pol.), bancos dianteiros 2 cm mais baixos e alavanca seletora do câmbio substituída por botão de formato diferenciado.

PICAPE mexicana Ford Maverick, a ser lançada em fevereiro próximo, terá opções como capota marítima elétrica e caçamba com caixas de armazenamento e abertura assistida da tampa. Assento do banco traseiro é rebatível para trás. Preço estimado na faixa de R$ 200 mil.

KIA STONIC aproveita, a exemplo de outras marcas, a brecha da política brasileira de incentivos e lança o considerado “híbrido leve”. Trata-se do conhecido (há 20 anos) alternador reversível com bateria de 48 V. As vantagens: sistema silencioso desliga-liga do motor, acréscimo de 1,7% na potência e de 19% no torque, além do modo roda-livre para economia de combustível. O SUV compacto sul-coreano tem linhas atraentes e bom espaço interno. R$ 149.990.

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2 Comentários
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João Luiz Queiroz 27 de novembro de 2021

Uma analogia razoável é “o Fit é a Brasilia japonesa para o século XXI”. Ambos com espaço interno bem acima da média e o Fit com soluções modulares dos bancos realmente criativas. Uma pena ver o Fit sair de cena, mas o WR-V leva as ideias dele adiante!

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Airplane 26 de novembro de 2021

A Honda não tinha alternativa pois tanto o City quanto o Fit estão vendendo cada vez menos e perdendo participação (%), no mercado, para os concorrentes !

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